Domingo, Dezembro 03, 2006

Eu costumava odi�-las...

Num post anterior, fazia men��o ao horror irracional que (muitas) boas gentes t�m aos r�pteis, estando entre as principais v�timas as osgas. Mas, no entanto devo confessar que, apesar de ser amante da natureza, tamb�m tenho os meus �dios de estima��o: todas as esp�cies animais que sistematicamente n�o fazem mais do que roubar o fruto do trabalho �rduo de outros animais que t�m estrat�gias de sobreviv�ncia especializadas. A esp�cie de ave com que eu mais convivo diariamente e que pertence a este escal�o � a gaivota (e a hiena, tamb�m...). Onde quer que esteja, esta ins�pida ave gosta de estar sempre num posto de vigil�ncia que lhe permita ter a melhor vis�o de forma a apanhar a mais incauta ave que, ap�s se esfor�ar na sua labuta di�ria pela sobreviv�ncia, � v�tima de um verdadeiro ataque �rea de um pirata do ar que, neste caso, n�o desvia avi�es, mas que leva como pr�mio a t�o desejada presa que � o alimento que a pobre e a inocente ave no seu modo de sobreviv�ncia, adquiriu. Mas aonde � que j� se viu se a natureza � justa ? Fomos n�s seres humanos, quem introduzimos esse conceito ap�s mais de mais de um milhar de milh�es de anos em que quem levava a melhor era sempre aquele quem sobrevivia, independentemente da forma como o alcan�ava. E estou-me a desviar do essencial da inten��o inicial que me trouxe a desenvolver este artigo: falar de gaivotas, isto porque no passado s�bado dia 25 de Novembro, ia a descer a rua que vem das Amoreiras em direc��o ao Marqu�s e tive o prazer de dar com uma pacata gaivota de p� sobre a Cabe�a do Marqu�s. Cheguei a imaginar que o sr. Marqu�s, do alto dos seus colossais quatro metros de altura, iria levantar a m�o que est� eternamente a amansar o le�o e iria enxotar com a m�o t�o irritante companhia, como se fosse um mosquito! Depois ela iria mais tarde pousar-lhe ao ombro, qual papagaio. Como por acaso estava com a m�quina fotogr�fica, achei que se n�o a tirasse estaria a perder um momento �nico e da� l� tirei a foto. Infelizmente a fotografia n�o ficou com a melhor qualidade, mas isso tamb�m n�o era o que mais importava... o que interessava era guardar o momento para a posteridade... Escusado ser� dizer que voltei a ver na segunda-feira seguinte a pacata gaivota. Parece que ela gostou tanto de ver todo aquele panorama . Depois de ver t�o bizarro comportamento por parte de uma gaivota, achei que fiquei a detest�-las um pouco menos... As fotos est�o aqui e aqui P.S.: Na realidade, considero agora que a gaivota n�o procura aquele lugar para poder ter uma vista suprema sobre a cidade n�o. Ela est� ali de manh�, porque o bronze de que � constitu�da a est�tua aquece com o sol da manh� e propicia � ave um aquecimento natural, regalado e gratuito! Mas uma coisa � certa: a gaivota n�o � parva n�o!