Existe um "ponto de contacto" entre estas duas fotos: uma � a serra algarvia vista do litoral, a outra corresponde � situa��o inversa: � a costa algarvia vista da Serra. S�o duas faces da mesma moeda que se chama Algarve. E entre as quais n�o poderia existir maior contraste como aquele que existe ao ver estas duas fotos: n�o vou dizer mais nada, porque uma imagem (neste caso duas) vale mais do que mil palavras!
Para muitas veraneantes que demandam o Algarve desde j� a partir de hoje - gra�as � possibilidade aberta por um fim-de-semana logo antes do in�cio do "terr�vel" m�s de Agosto (o m�s preferido de f�rias dos portugueses) -, a serra n�o � mais que um "empecilho", que desde h� uns anos com a inaugura��o da auto-estrada Lisboa/Algarve foi reduzido a um grau de desconforto m�nimo, com a elimina��o das irritantes curvas quando se chega ao momento de penetrar do Algarve. � tipo como se fosse um obst�culo que � necess�rio vencer para se poder receber o grande pr�mio, que � o reconforto de nos irmos banhar no mar que vai aparecendo aos poucos para depois da Serra.
Pena que a Serra Algarvia s� tenha sido not�cia o ano passado por ocasi�o do grande inc�ndio que deflagrou em Almod�var e foi-se propagando para Sul, na direc��o de S�o Br�s de Alportel, atravessando a regi�o de Barranco-do-Velho, isto e outro inc�ndio que ocorreu mais pr�ximo da minha regi�o ocorrido na zona serrana do concelho de Tavira. Mas n�o se pode remover os montes do s�tio, eles est�o l�, para o que der e ver, e constituem em boa parte mais de tr�s quartos da �rea do distrito de Faro, mas permanecem ignorados.
Eu tive a oportunidade h� poucas dias de visitar a serra a norte da minha �rea, e estive em localidades com nomes que pouco podem dizer a muita gente como Estorninhos ou Corte Ant�nio Martins. A palavra que resume melhor o que se encontra nesta zona podia ser de abandono e desertifica��o, mas na realidade n�o � isso que se passa, visto que muitos estrangeiros aproveitam os baixos pre�os dos terrenos na serra para os comprarem e neles erigirem as suas vivendas pessoais. E em muitas zonas, particularmente naquelas que eu atravessei, n�o existe nenhuma colina que n�o tenha no seu topo uma casinha constru�da por algu�m estrangeiro. As melhores vivendas s�o aquelas que foram constru�das tendo por base ru�nas de moinhos, j� que a arquitectura de base conservou a ru�na, constatando-se esse facto atrav�s da forma circular que o edif�cio apresenta. Houve mesmo um caso em que encontrei um moinho completamente recuperado, apesar de n�o se encontrar a funcionar. E an�ncios na Internet a alugar algumas dessas vivendas para fazer turismo de habita��o � o que n�o falta!
Apesar de tudo, s�o os estrangeiros que andam a povoar a serra, esta, no entanto, mant�m todo um conjunto de valores naturais que poderiam satisfazer muito boa gente com esp�rito de aventura e que n�o se satisfaz apenas em ir a banhos na costa. � s� arranjar um mapa dessas serranias e um todo-o-terreno, mantendo, � claro, tamb�m respeito pela natura pr�-existente, e podiam-se passar umas boas f�rias alternativas!
Aqui fica o
link para a sec��o que abri no Flickr dedicada exclusivamente � serra algarvia (at� adquiri uma conta Pro de prop�sito porque na gratuita n�o me deixam criar mais do que tr�s sec��es, mas desta forma tamb�m livro-me da publicidade).
Pois �, quando toda a gente que depois de nove meses de seca o tempo iria continuar de Sol de maneira que pudesse corresponder �s suas f�rias, eis que o tempo mais uma vez volta a estar ao contr�rio precisamente daquilo que toda a gente deseja e... come�a a chover em pleno Ver�o. Se bem que apenas umas pinguinhas aqui no Algarve, mas mesmo assim, o suficiente para estragar as f�rias a muito boa gente. Para al�m disso, as temperaturas desceram para valores de Primavera (ou Outono, se assim prefererirem), andando entre os 20 e os 25�C. Isto tudo porque o Anticiclone dos A�ores - que normalmente costuma situar-se estacion�rio sobre os A�ores nesta �poca do ano impedindo a passagem de superf�cies frontais e mantendo o tempo quente sem nuvens durante toda esta �poca do ano - decidiu ele pr�prio passar f�rias mais para Sul. Isto depois de ter andado a influenciar a seca durante o Inverno, ao fazer nessa altura o que ele devia estar a fazer agora! O tempo anda completamente de candeias �s avessas, n�o chove quando devia ser como no Outono ou Inverno e vem chover no Ver�o. Daqui a pouco deviam mudar as f�rias de Ver�o para Dezembro, que � quando as fazes nos pa�ses no Hemisf�rio Sul, como Austr�lia e �frica do Sul. No ano passado, por esta altura, est�vamos no princ�pio da maior vaga de calor que quebrou o recorde absoluto de temperatura em Portugal Continental (Amareleja, com 47�C!), este ano estamos de chuva. Os �nicos contentes este tempo devem ser os bombeiros, que assim podem tirar uns bons dias de folga descansados com a amiga chuva a fazer-lhes o trabalho!
Vamos ver se para a semana o tempo n�o fica ao contr�rio, com os term�metros a rondarem novamente os 40�C. Algo que infelizmente, nas actuais condi��es clim�ticas, j� n�o surpreenderia ningu�m!
Sometimes I get to feelin'
I was back in the old days - long ago
When we were kids when we were young
Thing seemed so perfect - you know
The days were endless we were crazy we were young
The sun was always shinin' - we just lived for fun
Sometimes it seems like lately - I just don't know
The rest of my life's been just a show
Those were the days of our lives
The bad things in life were so few
Those days are all gone now but one thing is true
When I look and I find I still love you
You can't turn back the clock
Tu can't turn back the tide
Ain't that a shame ?
I'd like to go back one time on a roller coaster ride
When life was just a game
No use in sitting and thinkin' on what you did
When you can lay back and enjoy it through your kids
Sometimes it seems like lately - I just don't know
Better sit back and go with the flow
Cos these are the days of our lives
They've flown in the swiftness of time
These days are all gone now but some things remain
When I look and I find no change
Those were the days of our lives - yeah
The bad things in life were so few
Those days are all gone now but one thing's still true
When I look and I find
I still love you
I still love you...
Fonte original:
http://www.lyricsfreak.com/q/queen/112346.html
J� que estou numa de recuperar algumas das minhas artigas opini�es que andam a� algures espalhadas pelo ciberespa�o, deixo aqui uma que escrevi h� uns cinco anos para uma coisa que na altura se chamavam
newsgroups (ou grupos de discuss�o, em portugu�s), que alguns dos mais recentes internautas n�o devem conhecer, mas que, numa altura em que ainda n�o existiam as actuais comunidades baseadas em f�runs que usam software, do qual o mais conhecido � sem d�vida o
phpBB.
Aqui fica o meu artigo sobre o grande sucesso da s�tima arte de 1999 - a obra-prima dos irm�os Wachowski - Matrix:
N�o foste o �nico de certeza, pois eu na noite em que vi o filme passei-o a
"digerir" (o fime) em sonhos - nessa noite era s� na "Matrix" que pensava,
em nada mais mesmo.
Foi interessante rever Keanu Reeves num papel semelhante �quele em que
desempenhou em "Johnny Mnemonic" - parece-me que o actor havaiano arrisca-se
a vir-se a tornar um actor-tipo para este tipo de filmes - da cultura
"cyberpunk" - para al�m dos excelentes pap�is que desempenhou noutros filmes
como por exemplo "Speed".
A prop�sito das ideias que v�m ao de cima durante a apresenta��o do filme
estou agora a ler o livro "O Zoo Humano" de Desmond Morris - espero que o
assunto em que me vou debru�ar de seguida n�o torne este post demasiado
"off-topic" - publicado pela Europa - Am�rica. Nele, o autor, j� conhecido
doutro livro anterior - "O Macaco Nu" - refere que o ser humano de hoje em
dia exibe muitos comportamentos comuns com os animais que vivem enjaulados
no zoo. Penso que este filme "mexe" com o espectador na medida em que deixa
vir "� tona" sentimentos comuns a muito boa gente - da impot�ncia que
sentimos face o mundo de que fazemos parte, do modo como ele nos esmaga ou
aprisiona. Neste filme, as artes marciais s�o vistas como uma forma de
combater a "Matrix" - n�o admira, pois muita gente encontra nelas formas de
escape � nossa vida ritualizada de todos os dias. Para confirmar esta ideia
basta salientar como Neo (a personagem de Keanu Reeves, se bem se recordam)
desperta para a fatal realidade - � atrav�s dum comprimido - tal faz-me
lembrar as "tripes" que muito boa gente gosta de experimentar para entrar
"noutra onda" que a nossa realidade quotidiana n�o permite.
Por outro lado, este filme teve em cond�o de me fazer despertar perguntas a
mim mesmo - at� que pontos podemos confiar na nossa realidade? N�o estar�o
os nossos sentidos a iludir-nos? Esta ideia � t�o antiga desde Plat�o - que
fez refer�ncia a ela na sua famosa "Alegoria da Caverna".
Para al�m de tudo o que ficou acima dito, h� ainda a salientar o retrato da
condi��o humana que este filme transmite - a ideia de uma imensa col�nia de
seres humanos a viverem em casulos para alimentar energeticamente as
maquinas que dela dependem - � uma alegoria macabra (na minha opini�o) do
mundo dos nossos dias.
Uma opini�o a respeito da obra capital de Oscar Wilde, que li h� cerca de um ano e que estava um tanto perdida no forum
Filhos de Atena:
Fiquei a conhecer o personagem (Dorian Gray) pela sua participa��o no filme
A Liga dos Cavaleiros Extraordin�rios, onde ele contracena com outras personagens de romances da mesma �poca, como Allan Quartermain, o Capit�o Nemo, o Dr. Jekyll, etc. Da� a curiosidade pela hist�ria dum personagem que n�o envelhece, sendo o retrato que o faz em vez dele.
Por coment�rios que li, esta obra � considerada autobiogr�fica (apesar de a biografia do Wilde ser mais famosa do que qualquer das suas obras), n�o sendo de certo modo estranho ver que o pr�prio morreu de certo modo jovem (44 anos) e aquela rela��o entre o protagonista principal e Lord Henry ser por muitos considerada muito reminiscente da pr�pria rela��o "homo" que o autor manteve.
Quais ter�o sido as verdadeiras motiva��es de Wilde ao escrever a sua obra ? Para muitos � considerado o mais violento ataque � hipocrisia da sociedade vitoriana, sendo tamb�m uma hist�ria de perda de inoc�ncia e ingresso na maioridade como muitas outras que por a� andam. O gosto pelo decadente que � tamb�m muito vulgar nesta �poca (materializado por Nietzsche no termo niilismo na mesma �poca) est� tamb�m muito presente. Ao fim e ao cabo que se trata dum ac�rrimo ataque aos valores decadentes e hip�critas da sociedade vitoriana (onde surgiu o termo de gentleman, se n�o me engano), personificados por um personagem (Lord Henry) e por algu�m que perdeu a sua inoc�ncia ao segui-las (Dorian Gray).
Enfim, muitas mais interpreta��es se podem ter sob esta obra. S� sei que mal lhe peguei foi de a ler da� at� ao fim quase sem parar
Empty spaces - what are we living for
Abandoned places - I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for...
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain, in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore
The show must go on,
The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking
But my smile still stays on.
Whatever happens, I'll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for?
I guess I'm learning, I must be warmer now
I'll soon be turning, round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I'm aching to be free
The show must go on
The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking
But my smile still stays on
My soul is painted like the wings of butterflies
Fairytales of yesterday will grow but never die
I can fly - my friends!
The show must go on
The show must go on
I'll face it with a grin
I'm never giving in
On - with the show -
I'll top the bill, I'll overkill
I have to find the will to carry on
On with the -
On with the show -
The show must go on...
Fonte original:
http://www.lyricsfreak.com/q/queen/112470.html
Foi este filme �nico que fui ver ontem nos claustros do antigo Convento do Carmo, integrada na
6� mostra de Cinema Europeu de Tavira, organizado pelo
Cineclube de Tavira. Este filme � �nico porque � a primeira vez que vemos um filme sobre a Segunda Grande Guerra contado do lado de uma das na��es que a perdeu, a Alemanha. O filme � contado do ponto de vista da jovem secret�ria pessoal do f�hrer,
Traudl Junge , que o via como uma figura paternal, sendo bocado produzido de acordo com essa perspectiva, podendo parecer a alguns espectadores uma tentativa de desculpabilizar o maior respons�vel pela maior m�quina de ceifar vidas da hist�ria. Mas n�o se trata disso, a figura interpretada por
Bruno Ganz acaba por confirmar em grande medida a ideia de um homem p�rfido, uma figura que n�o respeitava as diferen�as e que se orgulhava de supostamente ter conseguido eliminar todos os judeus da Europa e algumas coisas mais que s�o de sobremaneira do conhecimento de toda a gente. A forma como queria deixar morrer o povo alem�o pela forma como supostamente se tinha deixado perder na guerra, e por esse motivo n�o pretender merecer permanecer a existir, consubstanciando dessa maneira qualquer esfor�o por parte dos seus colaboradores mais imediatos como Himmler, que pediam para fazer a paz com os aliados, de forma a evitar o maior sofrimento por parte dos alem�es. O filme � consistente e muito objectivo em rela��o a todos os factos que se passaram. N�o existe em nenhum ponto, por aquilo que me � dado ver, que se possa ter feito fic��o.
Isto � um filme que s� podia ter sido realizado pelos alem�es, porque se o fosse por parte de outra proveni�ncia, nunca seria real, por parte de um povo que um guarda na sua consci�ncia colectiva todos os males perpretados durante 12 anos de nazismo no poder e 6 de guerra. Este filme acaba por ser se calhar um bocado o descarregar desse sentimento de culpa que os alem�es guardaram durante mais de sessenta anos, e que lhes ainda est� atravessado na garganta.
No passado dia 11 de Julho (2� Feira) teve lugar a cerim�nia de lan�amento da primeira pedra do novo edif�cio da Junta de Cabanas, cuja frontaria vai ficar voltada para a Avenida Ria Formosa no local onde se encontrava o antigo mercado e lota, depois do edif�cio do Clube Recreativo Cabanense, para quem vem da parte baixa onde se apanha o barco para ir para a praia. Custou um bocado ver o antigo mercado ir abaixo, para quem se habituou uma vida inteira a ver aquilo no estado que estava dantes. Estranho (ou secalhar n�o � raz�o para tal) � esta obra come�ar apenas a menos de tr�s meses das elei��es aut�rquicas, quando o projecto j� existe h� alguns quantos anos (lembro-me de ver isso na barraca de projectos de obras que todos os anos a junta mostra em agosto durante as festas de Ver�o). N�o � que a junta esteja mal no s�tio onde at� agora tem estado (se bem que o espa�o � arrendado), mas a tr�s meses das elei��es � que se lembraram... estranho! Para mim, n�o me afecta nada sob qual vai ser a minha inten��o de voto. Mais detalhes no site da
C�mara Municipal de Tavira. Mais not�cias no site do
Jornal Regi�o Sul.
Depois de ter andado muito tempo a ler apenas fic��o cient�fica, o meu g�nero liter�rio preferido, e agora que estou definitivamente de f�rias, decidi dedicar-me a um estilo completamente distinto: Filosofia, que de liter�rio n�o tem muito (depende do ponto de vista). E elegi um dos meus preferidos: o pol�mico fil�sofo alem�o
Friedrich Nietzsche , criador da corrente do
niilismo, e que cunhou o conceito do
Super-Homem (
�bermensch, no alem�o original, que n�o tem nada a ver com o super-her�i), que, segundo alguns autores, inspirou Hitler na sua ideia de ra�a superior. E o livro que estou a ler �
Para al�m do bem e do Mal - prel�dio de uma filosofia do futuro (no original alem�o
Jenseits von Gut und B�se. Vorspiel einer Philosophie der Zukunft ). Encontrei na sec��o 15 (n�o sei se � assim que se devem chamar, mas na obra cada trecho encontra-se numeradas cada uma das sec��es com temas diferentes) a seguinte afirma��o, a qual decidi destacar (estou a usar a tradu��o portuguesa do C�rculo de Leitores, de 1996):
(...)E h� quem diga que o mundo exterior � obra dos nossos �rg�os dos sentidos! Mas, ent�o, o nosso pr�prio corpo, como parte desse mundo exterior, seria a obra dos nossos �rg�os dos sentidos! Sendo assim, os nossos pr�prios �rg�os dos sentidos seriam obra... dos nossos �rg�os! Isto �, segundo me parece uma radical reductio ad absurdum; partindo-se do princ�pio que o conceito de uma causa sui � fundamentalmente algo de absurdo. Por conseguinte, o mundo exterior n�o � obra dos nossos sentidos?
Bastante sugestivo, d� que pensar...
Mas para mim, a minha afirma��o preferida de Nietzsche continua a ser "
O que n�o me mata, torna-me mais forte!" (n�o me recordo em que livro ela aparece), mas a afirma��o mais famosa de Nietzsche continua a ser
Deus est� morto, viva o Super Homem, patente na sua obra mais emblem�tica,
Assim Falavra Zarathustra .
Esta �ltima noite ia voltando de Faro, quando j� em Cabanas, muito pr�ximo de casa, notei qualquer coisa estranha no meio da estrada. E eis que me deparo com o que parece ser um "pequeno poste" mesmo no meio da estrada, desviei-me por pouco, se bem que o objecto divida a rua em duas metades quase iguais, n�o cabe no entanto quase um carro de cada lado, e isto, sem qualquer sinaliza��o de outros perigos ou trabalhos na estrada, nada, absolutamente. Se bem que a rua apresenta pouco movimento, e os carros n�o passem quanto muito no m�ximo a 40 km/h e compreendendo a raz�o da necessidade do procedimento da obra para reparar um buraco de acesso � rede de saneamento p�blico (ao que consta a tampa tinha saltado!), e que � uma situa��o que no dia de amanh� (19 de Julho) ir� estar resolvida, impunha-se sinalizar minimamente esta irregularidade em via p�blica tendo em conta que era de noite e o local possui deficiente ilumina��o p�blica. O condutor do carro que aparece ao fundo, na foto, decidiu por exemplo, para evitar males maiores, tomar a rua da esquerda, depois de se ter deparado com semelhante espect�culo! Vou enviar uma foto por e-mail para a C�mara de Tavira a mesma foto, se bem que j� v� tarde e que n�o sirva de grande coisa...
� o melhor t�tulo que posso encontrar para descrever a situa��o que se passa na foto da direita e que foi tirada no passado dia 3 de Julho. Nesse dia devia haver uma humidade fora do vulgar, resultado da evapora��o da �gua do mar conjuntamente com uma queda da temperatura a n�vel do mar ter� favorecido a origem de nevoeiros no mar que provocam efeitos visuais na linha do horizonte dos quais o que aparece na foto � um exemplo. Estes nevoeiros provocam efeitos curiosos na linha do horizonte, dando a ilus�o, para alguns observadores, de se tratar de uma "onda gigante" que parece vir a caminho da costa. Foi isso que se passou na tarde do dia 22 de Agosto de 2000, por sinal dia do meu anivers�rio. Nesse dia, este curioso fen�meno irrompeu com uma for�a que nem eu pr�prio tinha deparado antes, apesar de j� o conhecer sobremaneira desde pequeno, e o que se ter� provavelmente passado foi que o fen�meno se ter� estendido at� � metade ocidental do Algarve conhecida por Barlavento, onde pelos vistos n�o costuma ser muito vulgar, e pela intensidade que venha manifestando, ter� feito com que algumas mentes menos preparadas o dessem como uma "onda gigante", que na realidade, nunca o veio a ser. Algu�m ter� avisado as autoridades, e depois s� faltou os servi�os de Protec��o Civil de Faro darem o aviso, para que a Onda Gigante se tornasse "oficial", pelo menos para as autoridades, que ordenaram de imediato a evacua��o das praias. Eu quando ouvi tal not�cia, n�o quis acreditar, e isto porque n�o tinha ocorrido qualquer actividade s�smica que provocasse um "tsunami". Ocorreram epis�dios ins�litos como por exemplo pessoas que sa�ram dos restaurantes � beira-mar sem pagarem as contas. Nas praias da ria formosa, via-se as pessoas a formarem filas de dezenas de metros para fugirem para terra firme, n�o fosse a onda gigante, que estava ainda "congelada" na linha do horizonte, "descongelasse" de repente e come�asse a irromper por a� fora, devastando tudo. Mas na verdade, a onda nunca saiu da linha do horizonte, porque nunca passou de um fen�meno atmosf�rico raro, mas que naquele dia de 22 de Agosto de 2000 surgiu com uma for�a nunca antes vista, pelo menos na minha mem�ria. Sejamos sinceros, se fosse um tsunami, nunca daria tempo a que as pessoas fossem avisadas a tempo de se salvarem, como aconteceu no passado dia 26 de Dezembro, no Sudoeste Asi�tico. A onda avan�aria a centenas de quil�metros por hora, nunca permitindos situa��es de ver pessoas paradas, sossegadas, a olhar para o mar e dizer "Olha vem a� uma onda gigante, vem ver!". Mas, de tudo isto, o que foi mais grave foi que autoridades como a
Protec��o Civil foram na cantiga, n�o possu�ndo esp�rito cr�tico para distinguir a realidade da fic��o. E parece que estes crassos erros, n�o ficaram por aqui, pois a �ltima "onda gigante" que voltou a varrer as costas porutuguesas foi a que se verificou no
passado dia 10 de Junho, na praia de Carcavelos, com o famoso "Arrast�o", que, passado um m�s, se veio a verificar, no fim de contas, que foi mais o efeito "bola de neve" de um pequeno grupo de indiv�duos de origem africana que come�ou a assaltar as pessoas levou a que da� a que todos os frequentadores da "mesma cor" que estivessem na praia, passassem a ser considerados tamb�m como "perigosos", conjuntamente com o p�nico que se foi instalando entre os banhistas. E a PSP de Lisboa quis responsabilizar os jornalistas pela hist�ria, mas afinal quem mandou pedir refor�os foi a pr�pria pol�cia, que come�ou por admitir que eram 500 os indiv�duos a precipitar o Arrast�o. Aonde iremos todos n�s neste Portugal se continuarmos assim ...?
Estive a visionar pela primeira vez o programa
"A revolta dos past�is de nata", na RTP-2, um talk-show que esta semana era dedicado ao tema "O Turismo em Portugal � uma grande tanga?", e tinha como convidados o eng� Mac�rio Correia, presid�ncia da C�mara Municipal de Tavira, e o arquitecto paisagista Sebasti�o Pereira. N�o conhecia o programa, fiquei bastante agradado por aquilo que vi, principalmente poelo trabalho desenvolvido por Lu�s Filipe Borges e pela sua equipa. Estou a ver a juventude a correr para ver este programa todas as sextas no segundo canal, e gravar inclusivamente!
Por aquilo que vi, gostei sobretudo da interven��o do arquitecto Sebasti�o Pereira, que foi tudo menos formal, coisa que Mac�rio Correia no entanto foi. No fim de contas, Mac�rio foi extremamente previs�vel, estive outra vez a fazer o papel de promotor tur�stico do Algarve, coisa que j� n�o engana de h� v�rios anos a esta parte. Estava sempre aquela cantiga do "sim, eu sei que as coisas est�o mal, e h� exemplos disso, mas n�o acredito que sejam em grande n�mero e acredito que com o tempo essas coisas v�o diminuindo!". E esteve sempre assim, apenas mudando a "roupagem" desta lenga-lenga pela forma com que os temas ia mudando ao longo do decorrer do programa. Sinceramente, sr. engenheiro, aquela de dizer que tamb�m era arquitecto n�o lhe ficou bem, s� para n�o ficar abaixo do arquitecto Sebasti�o Pereira, mas achei delicioso quando deve de real�ar porque julgou que n�o estava sendo levado a s�rio com aquele "estamos a falar de coisas s�rias" quando fez men��o �(s) praia(s) de nudista(s) do concelho de Tavira!
Isso e demasiadas refer�ncias na primeira pessoa como quando era secret�rio de estado nos governos do prof. Cavaco Silva de que andou a limpar as praias de Fonte de Telha e mais , e disse-o mesmo nos termos "eu limpei!", como se tivesse l� estado com o carrinho e a vassoura como todos os orgulhosos varredores de rua que s�o (vem-me a prop�sito � mem�ria aquele corso em Tavira h� uns anos em que o eng� corporizou um varredor). Refer�ncias � primeira pessoa n�o lhe ficam bem, principalmente pelas ganas de protagonismo que mostra ter quando foi o primeiro dentro dos poucos do seu partido (mas porque a Comunica��o Social portuguesa j� estava � espera disso porque foi logo ter consigo) que preferiu que Santana Lopes n�o se submetesse a elei��es. � claro que tinha raz�o, e os resultados comprovaram isso mesmo, mas fica sempre no ar aquela ideia de querer ter voz no partido e ser pol�mico por tudo ou nada, um pouco � imagem de um l�der de uma ilha perdida no Atl�ntico. Ainda n�o sei em quem vou votar em Outubro, mas vamos ver.
Apesar de tudo, gostei que tivesse confirmado o que disse h� anos antr�s, quando era presidente da liga portuguesa para o anti-tabagismo de que o "beijar uma fumadora � o mesmo que lamber um cinzeiro". Nisso dou-lhe toda a raz�o e fica-lhe bem que, apesar de tudo, ainda � fiel a certas coisas que disse no passado :). O mesmo n�o poderei dizer em rela��o a certas coisas de oito anos de perman�ncia na cadeira de autarca.