Estive a visionar pela primeira vez o programa
"A revolta dos past�is de nata", na RTP-2, um talk-show que esta semana era dedicado ao tema "O Turismo em Portugal � uma grande tanga?", e tinha como convidados o eng� Mac�rio Correia, presid�ncia da C�mara Municipal de Tavira, e o arquitecto paisagista Sebasti�o Pereira. N�o conhecia o programa, fiquei bastante agradado por aquilo que vi, principalmente poelo trabalho desenvolvido por Lu�s Filipe Borges e pela sua equipa. Estou a ver a juventude a correr para ver este programa todas as sextas no segundo canal, e gravar inclusivamente!
Por aquilo que vi, gostei sobretudo da interven��o do arquitecto Sebasti�o Pereira, que foi tudo menos formal, coisa que Mac�rio Correia no entanto foi. No fim de contas, Mac�rio foi extremamente previs�vel, estive outra vez a fazer o papel de promotor tur�stico do Algarve, coisa que j� n�o engana de h� v�rios anos a esta parte. Estava sempre aquela cantiga do "sim, eu sei que as coisas est�o mal, e h� exemplos disso, mas n�o acredito que sejam em grande n�mero e acredito que com o tempo essas coisas v�o diminuindo!". E esteve sempre assim, apenas mudando a "roupagem" desta lenga-lenga pela forma com que os temas ia mudando ao longo do decorrer do programa. Sinceramente, sr. engenheiro, aquela de dizer que tamb�m era arquitecto n�o lhe ficou bem, s� para n�o ficar abaixo do arquitecto Sebasti�o Pereira, mas achei delicioso quando deve de real�ar porque julgou que n�o estava sendo levado a s�rio com aquele "estamos a falar de coisas s�rias" quando fez men��o �(s) praia(s) de nudista(s) do concelho de Tavira!
Isso e demasiadas refer�ncias na primeira pessoa como quando era secret�rio de estado nos governos do prof. Cavaco Silva de que andou a limpar as praias de Fonte de Telha e mais , e disse-o mesmo nos termos "eu limpei!", como se tivesse l� estado com o carrinho e a vassoura como todos os orgulhosos varredores de rua que s�o (vem-me a prop�sito � mem�ria aquele corso em Tavira h� uns anos em que o eng� corporizou um varredor). Refer�ncias � primeira pessoa n�o lhe ficam bem, principalmente pelas ganas de protagonismo que mostra ter quando foi o primeiro dentro dos poucos do seu partido (mas porque a Comunica��o Social portuguesa j� estava � espera disso porque foi logo ter consigo) que preferiu que Santana Lopes n�o se submetesse a elei��es. � claro que tinha raz�o, e os resultados comprovaram isso mesmo, mas fica sempre no ar aquela ideia de querer ter voz no partido e ser pol�mico por tudo ou nada, um pouco � imagem de um l�der de uma ilha perdida no Atl�ntico. Ainda n�o sei em quem vou votar em Outubro, mas vamos ver.
Apesar de tudo, gostei que tivesse confirmado o que disse h� anos antr�s, quando era presidente da liga portuguesa para o anti-tabagismo de que o "beijar uma fumadora � o mesmo que lamber um cinzeiro". Nisso dou-lhe toda a raz�o e fica-lhe bem que, apesar de tudo, ainda � fiel a certas coisas que disse no passado :). O mesmo n�o poderei dizer em rela��o a certas coisas de oito anos de perman�ncia na cadeira de autarca.
3 Comentários:
Digam o que disseram, Tavira nestes �ltimos anos levou um giro de 180 graus. S� n�o v� quem n�o quer, tal como s� n�o v� quem n�o quer a compet�ncia e a dedica��o que o Mac�rio tem por Tavira, independentemente dos tiques de protagonismo e/ou vedetismo que possa ter.
H� muita coisa a fazer e n�o concordo com tudo o que foi feito. No entanto, basta comparar o que foi feito nestes �ltimos oito anos e o que se fez anteriormente. As diferen�as s�o abismais, mesmo, tal como disse antes, ter havido coisas que n�o foram feitas como deveriam ter sido (na minha �ptica).
Mais do que o partido em causa, o que vale � a pessoa. E neste momento, n�o h� ningu�m que possa chegar aos calcanhares do Mac�rio. T�o simples como isso.
Tudo o que disse acima � sobejamente e eu ali�s posso afirmar sem complexos, que nas elei��es aut�rquicas de Dezembro de 1997, dei o primeiro voto como eleitor ao PSD, custou-me, porque sempre fui de esquerda desde pequeno. Mas como sabia que o candidato do PS na altura (Ot�lio Ba�a) ia manter as mesmas tend�ncias da gest�o socialista anterior (Jacinto Rodrigues), optei por um homem que tinha experi�ncia governativa, experi�ncia aut�rquica de vereador de quatro anos na maior c�mara do pa�s (Lisboa), querendo aplicar o que tinha aprendido na sua terra natal, visto ser um filho da Terra. A candidatura de Mac�rio estava de tal forma "condenada" a ganhar que os seus advers�rio, receando o confronto por se encontrarem despojados de ideias, recusaram-se a comparecer a debates.
Por isto votei em Mac�rio na altura, passados oito anos, � um facto que podemos dizer que Mac�rio deu um empurr�o a Tavira, p�s Tavira no mapa, como se costuma dizer, apesar de aqui ou ali, verem-se j� alguns exemplos de j� estar come�ando a gostar demasiado do lugar.
A prop�sito, a minha opini�o expressa no post dizia respeito � interven��o do eng� Mac�rio no programa citado, e n�o ao seu trabalho � frente da autarquia tavirense, e � nesse contexto que deve ser entendido. Mac�rio poderia ter sido sobretudo espont�neo e natural (como o foi o Arquitecto Sebasti�o Pereira) e n�o vir para ali fazer um papel�o de promotor tur�stico do Algarve.
De qualquer forma, agrade�o a opini�o para os pontos nos "ii" a respeito de esclarecer o tema.
Claro, entendo perfeitamente. Se calhar, desviei-me um bocado do tema do post, o que foi erro meu, provavelmente devido a j� ter ouvido e, sobretudo, lido muita coisa "suja" sobre a pessoa em quest�o, o que felizmente n�o � o meu caso.
Relativamente ao programa em quest�o, n�o te posso dizer nada em concreto porque n�o o vi. Mas que o Senhor Engenheiro tem uma personalidade, no minimo, tramada (no bom e mau sentido), l� isso tem...lol
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