Ter�a-feira, Janeiro 20, 2009

Mais outra alma (desassossegada)...

Outra alma atormentada foi a do o escritor checo Franz Kafka, que, por estranho capricho do destino, faleceu, tal como Edgar Allan Poe, com apenas 40 anos, resultado de uma epidemia de tuberculose. Levou uma vida conturbada em Praga. Era descendente de uma fam�lia judia, como muitos outros grandes nomes do seu tempo. A sua literatura � t�o peculiar que foi cunhado um adjectivo para designar o seu estilo ? kafkiano ? que trata do estranho infort�nio que atinge todas as nossas vidas, que Kafka, considerava, no seu caso pessoal, mais grave do que a dos outros. De tal forma sustentava essa vida sobre sim emso, que acabava por falar dessa sua ?estranha? vida em todas as suas hist�rias ? passando pelas personagens centrais dos seus contos, desde Gregor Samsa n'A Metamorfose, passando por Joseph K. em O Processo, e simplesmente 'K' em O Castelo. Em todas elas, as suas personagens acabam por sucumbir a um desfecho fatal, depois de atribula��es consecutivas, resultado do ins�lito e do bizarro. Considera-se hoje, pelos temas abordados e atitude na escrita, que seria como que uma v�lvula de escape das suas frustra��es, que Kafka teria ansiedade social, que consiste, basicamente, em ser suscept�vel ao julgamento dos outros, coisa que todos n�s temos, mas que no seu caso pessoal, transcenderia dos limites da normalidade. Basicamente, seria algu�m estranha e exageradamente preocupado em qualquer ac��o que pudesse provocar reprova��o em rela��o � sua pessoa por parte dos outros. Tudo isto se revela na sua literatura, pois os seus personagens s�o alvo da chacota e do temor, para al�m de serem alvo de acontecimentos tr�gicos, como que sendo castigados por crimes que nunca cometeram. Isto � ent�o demasiado evidente n'A Metamorfose, talvez a mais carism�tica das suas obras, onde o personagem principal acorda transformado num enorme e desprez�vel insecto ? resultado da imagem negativa que Kafka julgava que os outros tinham de si. Imagem essa, que seria, basicamente, a de um monstro.

Sexta-feira, Janeiro 09, 2009

Uma alma atormentada...

... foi -o Edgar Allan Poe, escritor e poeta norte-americano da primeira metade do s�culo XIX, � considerado um dos percursores dos romances de terror ("O Po�o e o P�ndulo"), fant�stico ("O Corvo"), fic��o cient�fica e policial ("O crime da Rua Morgue"). Levou uma vida conturbada, morrendo na mis�ria com apenas 40 anos de idade! Ter� servido para pagar o pre�o da sua influ�ncia, a qual tem levado muita gente a conhecer a obra deste rom�ntico estado-unidense. Que tenha encontrado descanso junto na morte, ao menos... Brevemente (dia 19) ser�o completados 200 anos no do seu nascimento. Vale a pena relembrar o seu grande poema �The Raven�, traduzido para portugu�s em �O Corvo�, por nada mais nada menos que o grande Pessoa!

Quinta-feira, Janeiro 08, 2009

Estamos todos � procura do mesmo...!

A verdade !

Quarta-feira, Janeiro 07, 2009

Nunca confiem num cigano!

Foi a liga��o que aprendi hoje. Sen�o sabia, fiquei a saber. Nunca mais volto confiar em tipos destes. Mas at� nem foi uma coisa muito grave. Fui burlado por uma mi�da cigana em 50 c�ntimos ao adquirir o Almanaque 'Borda d'�gua'. N�o olhei para o pre�o da capa, foi o meu erro. Devia ter olhado. Deixa estar. Para a pr�xima n�o levam nada.

Segunda-feira, Janeiro 05, 2009

Mirar o destino

Hoje aconteceu, ao estar de p� � espera de uma pessoa em frente ao Saldanha Atrium, e, como n�o tinha mais nada para fazer, ficar a contemplar toda a Avenida da Rep�lica, que � poss�vel vislumbar (quase) na sua plenitude desde o Saldanha at� l� ao fundo, onde se divisa (j� mal) a passagem superior da esta��o de comboio de Entrecampos. Foi curioso, e n�o t�o inesperado, ver que todos os sem�foros da Avenida da Rep�blica fecham simultaneamente. Como disse, n�o � inesperado, � l�gico que assim seja. Todas as viaturas que v�m das transversais � suposto escoarem ao mesmo tempo de forma a que se cada transversal fosse aberta ao movimento de cada vez, indepentemente, tudo seria uma enorme confus�o. Mas � um espect�culo engra�ado, ver todos os sem�foros da Avenida da Liberdade, passar a vermelho simultaneamente. Vejo nisso algo de metaf�rico para as nossas vidas, j� que existem muitos sinais vermelhos durante as nossas vidas que nos ajudam a refrear os nossos �mpetos, obrigando-nos a parar para pensar melhor antes de acelerar, mas sabemos, que mais � frente, j� vai estar mais outro sinal vermelho, prontinho a reter-nos por mais uns momentos. E depois outro, e mais outro. Se formos a pensar bem, d� jeito pararmos um pouco antes de voltar a acelerar. Mas j� sabemos que depois vamos ser parados novamente mais � frente. Temos que estar preparados para isso. Ir sempre a abrir sem paragens pode levar a acidentes e faz com que descuremos ser prevenidos. Os sem�foros, est�o l�, prontinhos, nas nossas vidas, prontos a dizer-nos para parar quando � necess�rio!

E agora � que come�ou mesmo ...!

Contados os segundos que faltavam, comidas as passas (por mais dif�ceis que sejam de tragar), eis que estamos todos de volta aos nossos postos de trabalho. Agora � para come�ar a s�rio, despir os fatos de convivas em festan�as e festarolas, vestir o casaco (porque ainda est� frio l� fora), ir para o transporte e correr para o trabalho. Voltar ao quotidiano e ao p�o-nosso de cada dia, � o que nos sobra. E n�o esquecer de substitu�r o algarismo "8" pelo "9" quando estivermos a escrever o ano quando tal for necess�rio (a preencher impressos, nas cartas, etc.). � um gesto mec�nico daqueles automatismos que preenchem o nosso dia e dia e fazer para pensar. Tamb�m n�o � nada dif�cil, mas muita gente hoje provavelmente vai cometer esse engano - colocar ainda o 8 em vez do 9 - e depois resignar-se em que ter de corrigir o erro, se for com l�pis ou caneta, � sempre mais dif�cil do que num computador, neste caso basta usar o "Backspace" ou Ctrl+F, se for apenas um ou ent�o para mais do que um! N�o sei quando � dia de reis - se j� hoje, ou s� amanh�, mas l� vamos ter que desmanchar a �rvore, o pres�pio, tirar os desenhos dos mi�dos da parede, l� vai tudo para o fundo de uma gaveta, onde v�o ficar a ganhar p� at� daqui a onze meses, quando voltarmos todos a ficarmos felizes e contantes, para uma nova quadra natal�cia. A� os s�mbolos desta quadra ter�o ent�o mais uma nova oportunidade! Um bem haja a todos os que se portaram bem e mal este natal. Neste ano, ou l� para o fim dele, haver� mais...! Agora, voltar ao trabalho, � o que interessa, e que dia � hoje ? Ah, 5 de Janeiro de 2008! H�, grr, enganei-me! Que se lixe, vou deixar ficar assim mesmo!

S�bado, Janeiro 03, 2009

A altura ideal para come�ar novas ideias !

Um novo ano
Um novo come�o
Uma nova oportunidade de recome�ar...
Que novas coisas este novo ano nos oferece ? Coisas boas e coisas m�s, como � habitual! Quando come�amos de novo, temos vontade de fazer tudo o que antes n�o pudemos fazer, j� que � esta � a nova oportunidade para um novo come�o! Vem a prop�sito disto, quando era crian�a, no ano novo de 1990, pus na cabe�a uma ideia ?maluca?: registar todos os eventos noticiosos em Papel ? consistia, em, logo a seguir a iniciar o Telejornal, e, enquanto o jornalista ia relatando as not�cias do dia, ir passando para o papel tudo aquilo que o jornalista ia dizendo, desde as not�cias mais escabrosas, com acidentes e atentados terroristas, passando pelos eventos desportivos at� aos ?fait-divers?, que normalmente encerram os notici�rios. E ia apontando tudo aquilo, tentando n�o ir perdendo nenhuma pitada daquilo que o jornalista ia dizend - mas � claro, n�o conseguia ir apanhando tudo! Mas a maior parte dos pormenores n�o deixava escapar, lembro-me de registar informa��o a respeito das elei��es presidenciais na Nicar�gua, que acabaram com a deposi��o dos sandinistas, que culminou com a vit�ria hist�ria de Violeta Chamorro, at� agora a �nica mulher l�der de um governo na Am�rica Central. Ainda tive a oportunidade de registar para a posteridade a liberta��o hist�rica de Nelson Mandela, o in�cio da cadeia de acontecimentos que teve como desenla�o o final do apartheid na �frica do Sul. Tudo isto h� 19 anos, tinha eu doze anos. Dei ao nome dos escritos que ia recolhendo o nome de ?Agenda 90?, como se de uma agenda se tratasse - apesar, de bem vistas as coisas, n�o poder ser considerado uma agenda - era mais uma resenha dos factos hist�ricos, relatados a n�vel di�rio. Obviamente que aquilo n�o iria durar muito ? tal era a az�fama com que todos os dias ia escrevendo e registando todos os acontecimentos . Mas a minha necessidade de registar era por sentir que a cada dia que se passava, se estava fazendo hist�ria ? a Uni�o Sovi�tica estava moribunda desde que Gorbachev tinha lan�ado a sua perestroika ? e que iria culminar na reunifica��o alem�. Muita coisa foi acontecendo nesses poucos meses desse j� distante ano de 1990. E que tudo isso merecia estar registado no papel. Penso que consegui registar tudo at� ao m�s de Mar�o desse ano, depois n�o me lembro de mais nada do que fiz, nem sei o que aconteceu no fim com todas as folhas de papel, devem-se ter perdido, como foi destino da maior parte dos meus escritos de inf�ncia, com excep��o de um ou outro caderno, que eu conseguir resgatar de ir tamb�m para o caixote do lixo dos tempos que passam e levam tudo atr�s... Dava a impress�o que, � medida que est�vamos a caminho do s�culo XXI, a humanidade iria finalmente conhecer a paz, todos os l�deres mundiais parecia que tinham entrado de acordo que a Humanidade iria entrar no novo s�culo conhecendo a paz ? mas qual qu�! Bastou passar uns meses (nove) do primeiro ano do s�culo XXI para acabar com essa ilus�o.

Sexta-feira, Janeiro 02, 2009

A noite de todas as loucuras

� o nome que dou a esta estranha noite que n�o pertence a um �nico ano - mas sim a dois (o que come�a e o outro que acaba)! Isto parece ser o motivo para (alguma) boa gente justificar comportamentos que v�o desde o mais ins�lito at� ao mais reprov�vel (das duas escolham, qual preferem ?!). Durante a noite, em frente � casa de h�spedes , j� depois do fogo de artif�cio ter terminado de que dou conta num post aqui pr�ximo, um grupo de cerca de uma vintena de jovens, machos e f�meas da esp�cie que se auto-intula Homo sapiens, parecia estar naquilo que parecia um concurso de grunhidos, querendo, entre si, parecer estar a querer demonstrar qual o grunhido mas cativante para vencer o advers�rio mais chegado, ou querer cair nos amores de uma f�mea mais pr�xima. Infelizmente, para muita pena deste outro exemplar da mesma esp�cie a que esses jovens pertenciam e que vos escreve estas linhas, relatando-vos estes factos extraordin�rios, n�o me � poss�vel dar conta do(s) vencedor(es) de semelhante(s) disputa(s), e qual(is) o(s) pr�mio(s) auferido(s). Mais tarde, j� noutro dia, o 2, quando ia conduzir, fiquei estupefacto, ao passar na rotunda do Mato de Santo Esp�rito - de deparar com um carro enfiado dentro da placa central da rotunda, num s�tio onde n�o � suposto estar nenhum carro, mas sim apenas vegeta��o e qualquer coisa que sirva para embelezar uma rotunda, com uma est�tua ou com dedica��o a alguma coisa - tudo menos um carro acidentado que possa servir como enfeite de rotunda. N�o sei como foi l� parar, se teria sido alguma alma caridosa que n�o se tenha importado, de bom cora��o, de fazer uma contribui��o pessoal e sui generis para decorar uma rotunda constru�da ainda muito recente e ainda carente de tal coisa. E para encontrar vontade de executar tal feito deve ter precisado de uma determinada quantidade dessa extraordin�ria subst�ncia conhecida como alcool et�lico, e que leva os indiv�duos sob efeito de semelhante subst�ncia a aut�nticas manifesta��es de criatividade que nem lembra ao demo! O que � certo � que depois mais tarde no mesmo dia j� n�o tava l� nada. Que pena! At� se estava a revelar como uma decora��o muito original! Foram estes os epis�dios que eu tenho a relatar de minha sorte, provavelmente voc�s tamb�m ter�o os vossos!

Quinta-feira, Janeiro 01, 2009

Mais um ano que come�a

... pois �! Para al�m de ser uma boa desculpa para as loucuras cometidas durante a �ltima noite, serve tamb�m para nos lembrarmos quando formos escrever a data colocar um nove em vez de um oito no dia final. Mas tamb�m existem outras coisas que fazem a pena lembrar este dia, como tal aqui se constata: